segunda-feira, 8 de julho de 2013

Em terra de cego, quem tem um olho....... SOFRE.


Eu venho pensando, e pensando e pensando cada vez mais, sobre como é difícil ter algumas convicções, e ver que as pessoas simplesmente ignoram. Até que o problema, ou a situação, seja com elas.

Venho comentando com alguns mais próximos, sobre como é difícil enxergar, numa terra onde ninguém enxerga. Onde as pessoas não veem as coisas que acontecem, não refletem sobre o que se passa ao redor delas.

As pessoas não tem nenhuma capacidade (ou interesse), de fazer análise, ou crítica, sobre as coisas que acontecem.

Ou, simplesmente estão num estágio evolutivo diferente do meu, como pensaria o Dr. Sheldon.

Venho há tempos falando que está tudo errado, que as coisas não tem que funcionar assim, e sempre sou apontado.

Eu brigo, grito, xingo, bato, quebro, e todos me apontam na rua como o louco, o impaciente, o incapaz de se relacionar. Eu sou aquele cara que não sabe conversar. Eu sou aquele vizinho que ninguém quer por perto. E o amigo que vez ou outra visitam.

Daí, vi o vídeo do Professor Rodrigo Ciríaco, simplesmente exigindo que as coisas funcionem.

E fiquei pensando. Ele, assim como eu faço há anos, quebrou tudo, não pelo valor, mas pelo desrespeito. Quando um cidadão de bem mata um motoboy no meio da marginal, não é por causa de um retrovisor, é por causa da folga, do desrespeito, da falta de civilidade, de senso coletivo.

Depois, continuei vendo o segundo vídeo que o Professor postou, sobre as razões que o levaram para tal. Ele coloca que comprou isso (apartamento) e foi desrespeitado. Comprou aquilo, e foi também. Foi pro hospital, e mais uma vez descaso, e assim é desde a hora que você acorda, até a hora que vai dormir.

Esse descaso é na coisa pública, esse descaso é na coisa privada. Esse descaso é na hora do parto, e esse descaso é também na funerária. Já falo há algum tempo, que há um "foda-se" coletivo instalado na sociedade. Há um "balançar de ombros" coletivo. Todo mundo faz o que der, do jeito que der, e se não der, enterra.

Só que a cobrança vem. E como eu sou SEMPRE muito cobrado, eu tenho que pagar. Vivo numa guerra diária com o motorista do ônibus, o perueiro do trânsito, com os funcionários, com o meu patrão, com o fiscal do trabalho, e com a juiza daquela causa que eu não conhecia.

Se eu saio, por um minuto, com a bandoleira solta, tomo um tiro e morro. Se eu esqueço um documento, perco a causa. Se atraso o pagamento um dia, tome multa, e quando é do outro lado, quando exijo um mínimo das pessoas, das empresas, das estruturas, do sistema, a resposta é "Veja aí o que você quer fazer"..

Sempre coloquei isso para as pessoas, mas quando outro fala, outro é revolucionário. Quando eu falo, sou capitalista burguês, explorador.

Daí eu penso: Sabe aquela história da manipulação?? Então, as pessoas não refletem sobre os fatos, sobre as coisas. Ela seguem a direita, ou seguem a esquerda.

Então, infelizmente, AGORA estou percebendo que não estou sozinho. Pelo menos, não estou sozinho no problema. Mas eu sofro...

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